domingo, 23 de julho de 2017

Não sei exatamente ao certo o que nos guia pela vida, quais os elos entre passado, presente e futuro, mas vejo definitivamente tudo se repetir, sem a menor pretensão de mudar. A solidão que me bate a porta todo dia, não importando quantas pessoas tenham do outro lado da porta, da cama, é massacrante e me arranca todo dia de um poço de ilusões e planos, me trazendo pro mundo real. Mundo real é o mundo em que projetamos um milhão de ideias, advindas do coração e lapidadas para parecer possível nele, parecer concreto. Tudo vindo do coração é não mais que loucura, genotipicamente embriaguez, e em contato com outras pessoas e a realidade, leva um choque térmico, mudando drasticamente sua essência. Ora, nada poderia viver tanto tempo fora da lucidez, então é uma mudança necessária pra tramitar por essas dimensões. O problema é que ela gosta de ir e vir, e a cada viagem libera uma energia, como o elétron em um salto quântico. Essa energia acaba embriagando o ser também, fazendo-o crer na possibilidade de viver com as ideias igualmente embriagadas do peito.

Viajando um pouco e parando para formular uma frase medíocre que resuma tudo isso, eu diria que na real, real mesmo mesmo, nada muda. E isso é importante pra mim, por ser a constatação de uma sentença proferida dias antes.

segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Não há flores

Sei lá... Minha vida tem sido assim de lá pra cá. Lá? Minha última postagem, talvez. Começo a escrever por me sentir sozinho, vazio, oco. Passei tempo demais afastado daqui e deixa a tona quanto tempo passei afastado de mim. As pessoas mudam, é fato. Mas será que tanto? Você para e se pergunta o que restou de épocas boas e não encontra muita coisa. Continua sobrevivendo e caminhando.. Caminhando? Pra onde? Não sei, sinceramente. Um dos meus maiores problemas atuais é não saber pra onde estou me guiando. Vou perdendo tudo nessa onda louca de viver e acabo fazendo o contrário do que um dia eu achei que era viver.

Não tem símbolo maior pra mim de sentir-se só do que escrever nesse pequeno relicário, abandonado e amarelado. Geralmente é um lugar que eu posso me abrir totalmente, tirar toda maquilagem do dia-a-dia e conversar comigo. Fazia-me melhor, agora nem tanto.

Parei pra ler últimas postagens e piorei. Eu era alguém... pelo menos um projeto de alguém. Estudava, criava, lia, escrevia, musicava, programa, amava, procurava. Perdi todos esses verbos no decorrer da minha queda. Definitivamente quando você chega a um pseudo-topo dentro dos seus planos, muita gente aparece e te suga, hoje tenho essa percepção, antigamente só uma ideia que entrava e saía na mesma velocidade da minha cabeça.

Como o poeta, "tenho andado distraído, paciente e indeciso". Tenho andado perdido. Talvez eu volte a escrever por aqui rotineiramente, afinal, é onde eu posso conversar, o lugar que eu tenho pra escoar tanta energia negativa vinda de dentro de mim. Calma! Essa energia negativa não te afetará, leitor. Afinal, o leitor sou eu mesmo. Ninguém lerá (alias, esse é um dos motivos que eu escrevo aqui, na esperança de que ninguém lerá, mesmo que esteja aí, aberto ao mundo).

Definitivamente perdi o jeito pra escrita, não que eu tenha tido real talento alguma vez na vida. Perdi o jeito na escrita da vida também. No dia-a-dia, comecei errando os acentos, coitados. Era cada um que eu deixava passar. Alguns meses depois errei as "concordância" - "as concordância? Estás errado, Samu!" - alguém me disse e logo remendei um garranchudo "s" no final. Dava pra ver que aquele "s" foi injetado ali, não fazia parte. De repente eu pulava palavras inteiras, os fonemas não saíam bem, as frases perderam sentido (ou nunca tiveram?). Anos depois o texto morreu, rasgou-se, obliterou-se.

Hoje sou umas sílabas no meio do caminho, sob "liquid paper" no texto de vários autores por aí. Queria ter um desses e corrigir meus garranchos, de repente eu topava com parte do fio da meada que eu perdi quando comecei a me analfabetizar.

"Depois do inverno é a vida em cores [...], nossa temporada das flores".

Dessa vez não terá cor, temporada, nem flores.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

The Big Bang: de volta as origens

É complicado. Essa é a característica mais plausível à vida. São problemas de ordens infinitas, aspectos complicados de serem moldados a você, o seu eu, suas vontades mais agudas. A sociedade impõe regras e você ou as segue, ou é engolido.
'Para! Eu não escolhi isso! Onde posso descer? Qual a próxima estação?'

O tom de quem controla sua vida é agressiva, cruel, insensível. Nunca amável, doce, aconchegante... pois quando fica assim, é sinal de não estar controlando.

Entre os mais fabulosos conceitos e dicas de como tornar a vida prazerosa (na verdade um manual de sobrevivência), se perdem aqueles os quais o ser natural comanda o pandemônio denominado você.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

a uma Alma...

Distância, tempo, problemas. Palavras com significado fúteis comparado a nossa irmandade, a nossa amizade. Tantos anos de uma simples amizade, sem cobranças ou esquecimento, após meses sem contato.

Será que sabes a importância para mim? (:

Quanto aos seus problemas, alma, melhoras, força e conte comigo. Fique bem para me encontrar um dia no aeroporto/rodoviária (porque em JAMPA não deve ter aeroporto! Fim de mundo que é! :D)

Não se acostume com o que não o faz feliz, revolte-se quando julgar necessário.
Alague seu coração de esperanças, mas não deixe que ele se afogue nelas.
Se achar que precisa voltar, volte!
Se perceber que precisa seguir, siga!
Se estiver tudo errado, comece novamente.
Se estiver tudo certo, continue.
Se sentir saudades, mate-a.
Se perder um amor, não se perca!
Se o achar, segure-o!
(Fernando Pessoa)

Não se esqueça de olhar para frente, alma. (:

Da parte de um todo,
De um irmão,
Pai,
Mãe,
Amigo,
Horcruxe (hauehau as origens...),
Alma!

Samuel Levy

terça-feira, 8 de março de 2011

luiza christie

É.. há quanto tempo eu não passo aqui. Devia ter passado mais...
Minhas origens, meus princípios, são bem visíveis aqui.
O que fazer quando você se dá conta de que é o que sempre lutou contra? O que fazer quando você é um caçador e quando se olha no espelho, percebe que é aquilo que sempre caçou? O que fazer quando se vê sem caráter? O que fazer quando se machuca a pessoa que ama?

A dor é indescritível, o arrependimento é perpétuo, a vontade de voltar e consertar os erros, se afastar do que deveria ter se afastado. A saudade..

Como te quero bem, como te quero de volta. Ao mesmo tempo que me odeio, ao mesmo tempo que me vejo um criminoso e não consigo me punir mais, e não tenho forças.

Choro. As lágrimas são inevitáveis, a alma já se desfaz. O que eu faço? Voltei a ser o que era antes de me perder nos braços da futilidade humana. Perdi minha vida, o meu motivo especial.

Ah, minha Alice! Me desculpa por fazer você não nascer! Quero-te tanto, tanto, tanto..

A dor me engole. Meu corpo se esvai em lágrimas contaminadas por culpa e arrependimento. Quero tanto te abraçar, te acariciar e te prometer felicidade. Não aguento um segundo mais. Estou atormentado com a ideia de ficar um segundo sem você.

Meus erros se transformarão em acertos no futuro, me dê a chance.

Eu te amo.

Completamente perdido,
Samuel Levy.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Pra você, amr

Amrrrrrrrrrrr!

Um ano e sete meses.. caramba..
tanta coisa mudou, tanta coisa cresceu, tanta coisa nascendo ainda..

é, amr.. cada dia damos um passo novo, novo pra mim, novo pra você, cada dia um passo único que nos torna cada vez mais ligados, cada mais apaixonados (mesmo sem conseguir contar quão apaixonado sou por você)...

cada vez tudo fica mais sério do que já era..
há um ano e sete meses atrás , falavamos: "a gente nao fica mas é sério"
há um ano e três meses atrás, falavamos: "agora a gente tá sério"
há dez meses atrás você assumiu pra sua mae e falei: "agora tah ainda mais sério"..
hoje assumimos pra familia toda..

e cada dia, cada semana, cada mês, cada ano que passo contigo, eu não enjoo de você, nem se quer meu amor diminui.. cada tempo desses que passa, eu tenho mais certeza de que é você que vou casar, é com você que terei Alice, Gustavo, Amanda e Miguel, é com e por você que meu mundo vai girar.

Afinal, por você que meu sorriso vai brilhar, quer você goste ou não.

Obrigado pela vida que você me dá, pelos sonhos que você me realiza sem eu precisar pedir.
Obrigado por me amar, por estar comigo.

Obrigado por me permitir te amar.

Um ano e sete meses.

Preciso dizer mais uma vez que te amo?
Sim.

Te amo demaaais!!

Samuel Levy

domingo, 17 de janeiro de 2010

Vento

Sei lá..
Quanto tempo não venho aqui... Parece que o vento gosta de mudar completamente de direção, assim.. aleatoriamente.. sem um período regular, ou se quer um motivo.. Ele simplesmente muda de direção. O vento passa e o que era belo, torna-se espantoso, o que era pra sempre, torna-se instável, mas o amor.. é.. ele não muda! Ele continua... O amor que curava tudo, que fazia a tempestade ensolarar, agora faz as palavras e atitudes, ou falta delas, piores do que já são por sua essência. Dói, como nunca doera. Arde, como jamais se quer senti. Quanto mais a gente precisa, mais ela se distancia...

Tenho medo, e diferente de outros medos, não tenho alguém pra me proteger, ou pra pelo menos, me sentir assim. Tô sozinho nessa, é o que sinto. A única coisa que posso fazer, é pedir mas... Ela não quer..

Por favor..
Me ajuda..
Não quero te perder.